Consumidores brasileiros pedem controle para vapes

Sem regulamentação no Brasil, 4 milhões de adultos consumidores seguem impedidos de ter acesso a opção regulada e legal para a redução de riscos ao tabagismo, reforça THR Brasil

SÃO PAULO, 5 de junho de 2025 /PRNewswire/ -- Enquanto países como Reino Unido, Nova Zelândia e Canadá avançam na política de redução de riscos, oferecendo alternativas regulamentadas e mais seguras para quem não consegue ou não quer abandonar o cigarro, mais de 4 milhões de consumidores brasileiros, segundo a Vigitel, seguem desassistidos. Sem opções legais, recorrem a produtos 100% ilícitos e de procedência desconhecida, colocando sua saúde ainda mais em risco. Para o THR Brasil, associação de consumidores pela redução dos danos causados pelo tabaco, é urgente que o debate sobre os dispositivos eletrônicos avance no país.

A proibição não impede o crescimento da demanda. "É necessário que a sociedade e os órgãos de saúde reflitam sobre políticas públicas voltadas à diminuição dos riscos associados aos cigarros, considerando a experiência internacional com cigarros eletrônicos e produtos de tabaco aquecido", explica Miguel Okumura, presidente do THR Brasil.

O tema ganha mais relevância no contexto do World Vape Day, celebrado mundialmente no dia 30 de maio. O movimento reúne consumidores, especialistas em saúde pública e organizações da sociedade civil em defesa da redução de danos. No Brasil e em diversos países, o evento é marcado por encontros, debates e ações de conscientização. Desde 2020, o World Vape Day tem promovido discussões relevantes sobre o direito dos consumidores adultos a escolherem alternativas menos prejudiciais, reforçando a necessidade de políticas públicas baseadas em ciência e na proteção à saúde.

"Não estamos dizendo que esses produtos são isentos de riscos. Mas está comprovado cientificamente que eles oferecem riscos significativamente menores do que o cigarro convencional. Negar acesso aos consumidores não resolve o problema, só empurra milhões para a ilegalidade e perigos ainda maiores à saúde", afirma o presidente da entidade.

FONTE THR Brasil