Indústria de bens de consumo estabelece padrão na luta contra o trabalho forçado
CEOs globais do conselho do Fórum de Bens de Consumo (The Consumer Goods Forum) continuam com seus esforços para combater o trabalho forçado através da adoção e chamada para ação dos "Princípios Prioritários da Indústria":
Todo trabalhador deve ter liberdade de movimento, nenhum trabalhador deve pagar por um trabalho, nenhum trabalhador deve ficar endividado ou ser forçado a trabalhar
PARIS, 6 de dezembro de 2016 /PRNewswire/ -- A indústria de bens de consumo, através do Fórum de Bens de Consumo (CGF – The Consumer Goods Forum), avançou com seus esforços administrativos na sua tentativa de erradicar o trabalho forçado das cadeias globais de suprimentos através do estabelecimento de três "Princípios Prioritários da Indústria" (os "Princípios"). Aproveitando o impulso criado pela inovadora Resolução Sobre o Trabalho Forçado do CGF, anunciada no início desse ano, os três Princípios ajudarão a dar prioridade à ação para tratar dos principais impulsionadores do trabalho forçado dentro da indústria de bens de consumo e outras. A Organização Internacional do Trabalho reporta que existem atualmente 21 milhões de vítimas do trabalho forçado em todo o mundo e a Diretoria do CGF prevê que essas áreas de concentração recém-estabelecidas irão inspirar toda a indústria, bem como outras, a transformar a Resolução em ação.
Através de pesquisa na indústria e consultas aos grupos de interesse, o CGF identificou três das mais problemáticas, e ainda assim frequentemente comuns, práticas de emprego por todo o mundo as quais podem resultar em trabalho forçado – especialmente entre trabalhadores vulneráveis. Enquanto o CGF reconhece que essas práticas podem ter causas principais complexas e manifestações diferentes em locais de trabalho, a jornada para eliminá-las tem que ser iniciada com seriedade. Para fazer isso, o CGF desenvolveu os Princípios Prioritários da Indústria, para fornecer orientação adicional para combater essas práticas. Os princípios são os seguintes:
- Todo trabalhador deve ter liberdade de movimento. A habilidade dos trabalhadores de se movimentarem livremente não deve ser inibida por seus empregadores.
- Nenhum trabalhador deve pagar por um trabalho. Honorários e custos associados com recrutamento e emprego devem ser pagos pelo empregador.
- Nenhum trabalhador deve ficar endividado ou ser forçado a trabalhar. Os trabalhadores devem trabalhar livremente, cientes dos termos e condições de seu trabalho e devem ser pagos regularmente, conforme acordado.
O CGF e seus membros irão agora trabalhar para integrar essas práticas em suas próprias operações e usarão sua voz coletiva para promover a adoção desses princípios prioritários em toda a indústria. Como parte de um plano de ação para 2017, os membros tomarão medidas individuais para integrar os Princípios com foco inicial em duas cadeias de suprimentos de relevância especial para a indústria – frutos do mar e azeite de dendê no Sudeste Asiático.
O desenvolvimento dos Princípios Prioritários da Indústria foi liderado pelo Grupo de Trabalho dos Princípios Prioritários da Indústria do CGF, co-presidido pela companhias Mars Incorporated, Tesco, The Coca-Cola Company e Walmart. O grupo de trabalho pesquisou primeiramente uma variedade de recursos globalmente reconhecidos, incluindo os Indicadores de Trabalho Forçado da Organização Internacional do Trabalho (International Labour Organization Indicators of Forced Labour). Depois, para complementar esta pesquisa, foram implementados levantamentos com companhias membros do CGF, grupos de interesse externos e com o público em geral. Quando o rascunho de um conjunto de princípios foi produzido, foram realizadas consultas individuais detalhadas com os principais grupos de interesse para a finalização dos Princípios.
Colaborações entre setores
A Resolução Sobre o Trabalho Forçado do CGF, aprovado pela Diretoria em janeiro de 2016, foi a primeira resolução da indústria projetada para combater o trabalho forçado. A Resolução foi muito bem recebida por uma grande variedade de participantes e o CGF pretende continuar com sua colaboração e compromisso com a sociedade civil, especialistas e iniciativas que se concentrem no combate ao trabalho forçado. A Oxfam e a Organização Internacional do Trabalho já confirmaram seu apoio aos Princípios Prioritários da Indústria, uma abordagem que o CGF espera que seja tomada por outros dos principais grupos de interesse.
Citações:
Peter Freedman, Diretor Gerente do Fórum de Bens de Consumo, disse,
Os Princípios Prioritários da Indústria são um próximo passo importante na luta global contra o trabalho forçado. Esses princípios devem ser integrados em escala global para que possam liderar as mudanças que são necessárias para remover o trabalho forçado das cadeias de suprimento internacionais. Portanto, temos o compromisso de apoiar nossos membros na implementação dos princípios em suas próprias operações e solicitamos que sejam adotados por toda a indústria de bens de consumo. Nenhuma companhia pode combater sozinha o trabalho forçado, precisamos trabalhar juntos através de colaborações entre setores para que um dia, em breve, tenhamos um mundo livre do trabalho forçado".
Emmanuel Faber, CEO da Danone, disse,
"Estou muito satisfeito pela Diretoria do Fórum de Bens de Consumo ter resolvido confrontar o altamente complexo desafio do trabalho forçado em todo o mundo. Através da adoção gradual dos Princípios Prioritários da Indústria pelos membros do CGF, em colaboração com governos, ONGs, organizações internacionais do trabalho e pela sociedade civil, poderemos erradicar essa assustadora realidade. As cadeias globais de suprimentos devem fornecer prosperidade local caso as palavras 'alimentar o mundo' tenham algum significado".
Rachel Wilshaw, Gerente de Comércio Ético da Oxfam GB, disse,
"A Oxfam dá as boas-vindas à liderança demonstrada pelo Fórum de Bens de Consumo reunindo apoio em torno desses Princípios Prioritários da Indústria, para prevenir que o trabalho forçado se infiltre nas cadeias globais de suprimento. Essa forma extrema de exploração de trabalho torna impossível para os trabalhadores acessarem seus direitos humanos e conseguirem sair da pobreza. Esperamos que todos os membros do CGF usem a influência que possuem para apoiarem esses princípios e fazerem sua parte no combate a essa questão perniciosa e escondida".
Houtan Homayounpour, ponto focal do trabalho forçado da Organização Internacional do Trabalho, disse,
"A Resolução Sobre o Trabalho Forçado do CGF, aprovada e apoiada pelo mais alto nível do mundo corporativo, envia uma mensagem bem clara de compromisso com a luta global contra o trabalho forçado. Agora, esse compromisso está se transformando em ação concreta através dos Princípios Prioritários da Indústria. Parabéns para o CGF e seus membros!".
Sobre o Fórum de Bens de Consumo (The Consumer Goods Forum)
O Fórum de Bens de Consumo ("CGF" – The Consumer Goods Forum) é uma rede global da indústria baseada na paridade, conduzida por seus membros para estimular a adoção mundial de práticas e padrões para a indústria de bens de consumo de todo o mundo. Ele reúne CEOs e a alta administração de cerca de 400 varejistas, fabricantes, prestadores de serviços e outros grupos de interesse de 70 países, além de refletir a diversidade da indústria em relação à geografia, tamanho, categoria e formato de produtos. Suas companhias-membros apresentaram vendas combinadas de EUR 3,5 trilhões e empregam diretamente quase 10 milhões de pessoas, além de uma estimativa de 90 milhões de empregos indiretos ao longo da cadeia de valor. Ele é dirigido por sua Diretoria, formada por 54 CEOs de companhias do varejo e fabricantes.
Para mais informações, visite o endereço: http://www.theconsumergoodsforum.com.
FONTE The Consumer Goods Forum
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