Promoção de mudanças na América Latina: foco em tecnologia e inovação

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ITHACA, Nova York, 24 de outubro de 2013 /PRNewswire/ -- A América Latina apresentou um avanço significativo na adoção de inovações tecnológicas que levam ao desenvolvimento econômico. No entanto, após quase uma década de expansão contínua, o crescimento do PIB na América Latina caiu de 4,4 por cento em 2011 para 3,2 por cento em 2012 e 4,0 por cento em 2013. Embora a perspectiva continue positiva, as economias latino-americanas estão cada vez mais expostas à incerteza global e à instabilidade econômica.

Ao reconhecer a necessidade de acelerar e estabilizar o crescimento na América Latina, os líderes do setor, economistas, executivos financeiros, tecnólogos e funcionários do governo se reuniram em Nova York para participar da conferência "Inovação na América Latina", organizada pelo Instituto de Mercados Emergentes (Emerging Markets Institute) da Johnson Graduate School of Management da Universidade Cornell.

"É necessário que haja foco em alguns setores para que esses países aprimorem o crescimento sustentável", afirmou Lourdes Casanova, catedrática da Johnson. "A América Latina precisa ampliar os tipos de inovação além da P&D e patentes."

Ao compartilhar da mesma opinião, a embaixadora Sandra Fuentes-Berain, cônsul geral do México em Nova York, enfatizou que o investimento adicional em pesquisa e desenvolvimento é necessário. Alberto Ramos, líder de pesquisa latino-americana na Goldman Sachs pediu uma ação mais direta. "Não investimos, não economizamos e não comercializamos o suficiente. Há um déficit enorme em nossa infraestrutura. Ficou comprovado que os países que comercializam crescem de maneira mais rápida."

A inovação ocupa um papel essencial

A introdução do Novo Mercado (New Market) como um novo segmento na bolsa de valores do Brasil significa maior transparência e maior proteção aos acionistas e mostra que o Brasil está aberto a fazer mudanças inovadoras, de acordo com o especialista do setor Greg Featherman, da KPMG. Daniel Levites, da Ernst and Young, explicou como outras inovações em serviços financeiros no Brasil estão sendo usados para combater a fraude.

Na Colômbia, avanços significativos com um novo quadro institucional baseado em TI suportaram mais de 23.000 empresas. A internet de alta velocidade Vive Digital Colômbia está disponível em mais de 90 por cento do país, e mais 2 milhões de laptops estão disponíveis para escolas locais.

Mas ainda há um caminho a percorrer.

"Atualmente, há uma exclusão digital entre as sociedades avançadas como o Brasil e as áreas rurais como o México", explicou Richard Pina, consultor técnico da equipe de contabilidade integrada do Citigroup, IBM Corporation. "Os países da América Latina precisam ter acesso a dados e software de código fonte aberto, além de tecnologia de computação em nuvem."

Conexão da liderança com o crescimento e infraestrutura

O palestrante Virun Rampersad, diretor administrativo e líder de inovação global da BNY Mellon, enfatizou que a inovação é, em grande parte, fruto da liderança. Os empregados devem ser reconhecidos pelos seus superiores ao sugerir outras inovações e devem ser estimulados a ter novas ideias que beneficiem a organização.

A inovação em logística e transporte também pode produzir um retorno significativo nos países latino-americanos. Mauricio Mesquita Moreira, consultor econômico do setor e coordenador de pesquisa para o Banco Interamericano de Desenvolvimento, falou do seu próximo relatório sobre o impacto dos custos do transporte nacional e as disparidades regionais de exportação na América Latina. Mike Todaro, diretor executivo da Americas Apparel Producers Network, observou que o setor de vestuário está voltando da mesma maneira à América Latina, com novas tecnologias de tecidos e recursos.

Roberto Canizares, ex-presidente e diretor geral da MSA International, encerrou a conferência ao falar sobre a inovação nos processos de fabricação no Brasil, que hoje são adotados em todo o mundo pela empresa onde trabalhava, a MSA International. Embora ainda haja trabalho por fazer, a América Latina realmente progrediu em termos de inovação e está no caminho para avançar ainda mais.

Sobre a Johnson e o Instituto de Mercados Emergentes da Universidade Cornell
A Johnson da Universidade Cornell tem orgulho de ser uma comunidade intensa e participativa que funciona como um local de trabalho de alto desempenho. Nosso corpo docente de renome mundial educa líderes para o mundo conectado por meio de cinco programas de MBA, programa de doutorado e um ensino executivo não universitário. O Instituto de Mercados Emergentes foi fundado em 2010 para promover a pesquisa e o estudo das economias emergentes. Estamos montando um programa acadêmico conceituado, com a amplitude, profundidade e qualidade de educação necessárias para preparar de maneira eficaz os líderes empresariais para o sucesso global. Para mais informações, acesse www.johnson.cornell.edu.

FONTE  Johnson and the Emerging Markets Institute at Cornell University

FONTE Johnson and the Emerging Markets Institute at Cornell University