Tratamento da dependência química sem recaída: é mesmo possível?
Uma pesquisa revelou que é possível diminuir o risco de recaída para ex-usuários de drogas controlando a atividade de algumas células cerebrais
SÃO PAULO, 15 de abril de 2020 /PRNewswire/ -- De acordo com dados divulgados pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças, no último ano mais de 60 mil pessoas morreram de overdose de drogas após terem recaída. Em se tratando de opióides, quando ocorrem recaídas, infelizmente costumam ser mortais - as sobredosagens fatais após a recaída de um vício em opióides são muito comuns e nessas horas é bom contar com uma clínica de recuperação para dependentes químicos.
Um estudo do Instituto de Abuso de Álcool e Drogas, porém, mostrou que é possível evitar a recaída depois de se tratar em clínica de reabilitação para dependentes químicos, controlando as células de uma parte do cérebro conhecida por núcleo accumbens. No estudo foi utilizada uma ferramenta para atuar como um interruptor de luz nas células e quando a atividade dos neurônios no núcleo accumbens foi alterada, foi possível controlar o comportamento cerebral que leva à recaída.
Na pesquisa, o foco foi o circuito cerebral que regula o comportamento viciante, usando receptores artificiais que controlam a atividade no núcleo accumbens. Os receptores são ativados por substâncias químicas como a dopamina ou por medicamentos, que causam aumento ou diminuição da atividade das células cerebrais.
A princípio, esse processo poderia ser usado para evitar recaídas do vício de qualquer substância psicoativa toxicodependente por meio de células específicas cerebrais e sem a necessidade de atingir o cérebro inteiro. A esperança é a de que, um dia, ex-usuários de drogas que fizerem o tratamento em clínica de recuperação para dependentes químicos possam tomar um comprimido que diminua o risco de recaída sem que isso reflita no bem-estar e disposição.
Tratamento para dependente químico: qual o mais eficiente?
O vício das drogas envolve muitas questões internas, inclusive o emocional e psicológico abalado de acordo com a Revista de Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco. Por isso, um tratamento da dependência química para ser eficiente precisaria considerar tais questões a fim de que o usuário pudesse sair da clínica e não ter mais recaídas.
A escolha do centro de recuperação para dependente químico também faz diferença, levando em conta a necessidade de uma boa estrutura e regularização perante os órgãos da saúde competentes. Os profissionais atuando no tratamento de dependente químico devem ser profissionais e experientes, tratando os pacientes com respeito e zelando pelo bem-estar de cada um deles.
A família também sendo instruída a respeito da adicção e ciente de que a dependência química é uma doença conforme registrado pela Organização Mundial da Saúde, ajudará na eficiência do tratamento. Faz toda diferença quando tanto a pessoa que apresenta o vício em drogas quanto os familiares são orientados em relação a o que fazer para prevenir recaídas e como proceder se uma recaída acontecer.
Contato: Juliano Caserta Marin, + 55 13 99781-5227, [email protected], www.grupoclinicalibertacao.com.br
FONTE Grupo Clínica Libertação

SOURCE Grupo Clínica Libertação
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