Comprometida em reduzir a mortalidade materna e as complicações
ROMA, 10 de outubro de 2012 /PRNewswire/ -- "Muitas mortes evitáveis ocorrem durante a gestação e o nascimento no mundo em desenvolvimento onde a mortalidade materna varia de 200 a 2.000 por 100.000 nascimentos. Além disso, para cada mulher que morre, a estimativa é de que 16 a 30 sobrevivem a complicações evitáveis e, frequentemente, de forma miserável", disse o Professor Gamal Serour, Presidente da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO- International Federation of Gynecology and Obstetrics), apresentando as mais recentes Iniciativas para a prevenção e o tratamento da hemorragia pós-parto (HPP) e da fístula obstétrica em países com poucos recursos no, Congresso FIGO2012 em Roma, Itália.
A HPP é a principal causa de mortalidade materna em países com poucos recursos, representando aproximadamente 30% das mortes maternas. Para a prevenção e tratamento da HPP a chave é a terapia uterotônica. O agente mais amplamente recomendado é a oxitocina, que requer administração parenteral, bem como equipamentos esterilizados e refrigeração, todos os fatores que dificultam seu uso em ambientes com poucos recursos.
O misoprostol, um análogo sintético de prostaglandina E1 disponível em comprimidos, estável à temperatura ambiente e bem absorvido por via oral e sublingual, vem sendo adotado cada vez mais como uma estratégia alternativa para o tratamento da HPP.
"Nossa Iniciativa HPP, financiada por uma doação para a organização Gynuity Health Projects concedida pela Fundação Bill & Melinda Gates, defende e dissemina informações baseadas em evidências sobre o uso do misoprostol para a HPP. A Iniciativa faz parte de um projeto global para traduzir a pesquisa científica e operacional em políticas e práticas efetivas", explicou o Professor Hamid Rushwan, Executivo-Chefe da FIGO.
Uma grande preocupação para mulheres que dão à luz em países com poucos recursos é a fístula obstétrica, talvez a mais trágica das complicações evitáveis do parto, já que as mulheres afetadas em quase todos os casos perdem seus bebês, sofrem de problemas de saúde, incluindo incontinência crônica e são frequentemente abandonadas por seus maridos, forçadas a enfrentarem a segregação social.
A fístula obstétrica, um orifício no canal do parto frequentemente causado por trabalho de parto obstruído e prolongado, é amplamente evitável postergando a idade da primeira gestação, impedindo práticas tradicionais prejudiciais e garantindo acesso oportuno aos cuidados obstétricos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (WHO) a cada ano entre 50.000 a 100.000 mulheres desenvolvem fístula. Mais de 2.000.000 de mulheres convivem com fístula não tratada na África subsaariana e na Ásia.
A FIGO lançou recentemente a Iniciativa Fístula que se concentra na sua prevenção e tratamento em 12 países africanos e asiáticos. Visando assegurar treinamento clínico de alta qualidade para o cuidado de mulheres com fístula obstétrica e para aumentar a capacidade dos serviços e pessoal para fornecer um controle completo da fístula, a FIGO coordenou a produção, financiada pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA - United Nations Population Fund), do Manual de Treinamento em Cirurgia da Fístula com Base na Competência Global (Global Competency-Based Fistula Surgery Training Manual).
FONTE FIGO2012
FONTE FIGO2012
Share this article