Três em cada 10 jovens começam a consumir bebidas alcoólicas com regularidade entre 12 e 13 anos
De acordo com um estudo realizado pela FLACSO no México e na Costa Rica, a prevalência do consumo aumenta até os 17 anos, quando mais da metade dos jovens da Costa Rica e cerca de 70% do México afirmam ter consumido bebidas alcoólicas pelo menos uma vez na vida
MIAMI, 23 de maio de 2016 /PRNewswire/ -- A Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales – FLACSO), sede acadêmica da Costa Rica, anuncia os resultados de um estudo que analisa os padrões de consumo de bebidas alcoólicas em jovens entre 12 e 17 anos. A análise, denominada "Estudo de padrões de consumo de bebidas alcoólicas por menores de 18 anos" (EPCA U-18), consiste em uma pesquisa realizada no México em 2014 e na Costa Rica em 2015 com estudantes do ensino fundamental II, por meio de entrevistas com aproximadamente 1.200 a 1.300 jovens.
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De acordo com o estudo, para 30% dos jovens entrevistados em ambos os países, a idade do início do consumo regular de bebidas alcoólicas fica entre 12 e 13 anos. Da mesma forma, a porcentagem de prevalência aumenta até os 17 anos, quando mais da metade dos jovens da Costa Rica e cerca de 70% do México afirmam ter consumido bebidas alcoólicas pelo menos uma vez na vida. Entre os principais motivos pelos quais os jovens começam a beber estão, segundo o estudo, o consumo por parte dos amigos, o hábito de beber em festas, a facilidade de acesso a bebidas alcoólicas e o consumo de álcool em casa, principalmente se isso ocorrer de maneira excessiva.
"O objetivo de EPCA U-18 é contribuir com informações para erradicar o consumo de álcool entre os menores de idade, pois a ingestão de bebidas alcoólicas nessa faixa etária é considerada nociva", afirmou Jorge Mora Alfaro, diretor da FLACSO Costa Rica e principal pesquisador do estudo. Aliás, a Associação Nacional de Cervejeiros do México, por exemplo, se baseou nos resultados da análise da FLACSO para desenvolver a campanha de conscientização "No te hagas güey" ("Não se faça de desentendido", em tradução livre), cujo objetivo é evitar que os jovens consumam bebidas alcoólicas.
O estudo EPCA dedicado a menores faz parte de um projeto mais amplo de análise do consumo de bebidas alcoólicas na América Latina, realizado de maneira periódica em 14 países por meio de uma pesquisa com mais de 1.800 pessoas entre 18 e 65 anos. De acordo com o EPCA em adultos, o consumo médio de bebidas alcoólicas per capita na América Latina é de 5,3 litros de etanol puro por ano, quantidade inferior às informadas em análises similares nos Estados Unidos (9,2 litros) e na Europa (10,9 litros). Em relação à prevalência do consumo, o estudo indica que 60% dos entrevistados na região afirmaram ter tomado pelo menos um copo nos últimos 12 meses.
O EPCA é o primeiro estudo sobre consumo de bebidas alcoólicas focado exclusivamente na América Latina, no qual são levados em consideração fatores sociais e culturais próprios de cada país. Assim, a análise indica que a prevalência de consumo varia muito entre os países latino-americanos, ficando entre 31% e 83% da população. O mesmo ocorre com a porcentagem de consumidores que bebem em excesso pelo menos uma vez por semana, caso em que há uma variação de 7% a 26%.
Com uma perspectiva integral e inovadora, o EPCA ressalta a diferença entre o volume e o padrão de consumo de bebidas alcoólicas. Por exemplo, a Colômbia está acima da média regional em relação à quantidade de álcool ingerido (6,3 litros de etanol puro por ano, comparado com 5,3 litros para a região). No entanto, ao considerar episódios de consumo excessivo, a relação se inverte. Enquanto 15,2% dos latino-americanos que bebem apresentam pelo menos uma ocasião de consumo semanal elevado, na Colômbia isso só ocorre com 11,7% dos consumidores. O estudo da FLACSO também proporciona informações específicas sobre o consumo nocivo, como no caso da ingestão excessiva ocasional (IEO), em que, de acordo com o estudo, 15% dos consumidores de bebidas alcoólicas apresentaram pelo menos uma ocasião de consumo semanal de cinco copos ou mais.
"O projeto EPCA utiliza os padrões técnicos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e segue as recomendações tanto da OMS como da Organização Panamericana da Saúde (OPAS) em relação à importância do estudo e à metodologia de análise dos padrões de consumo de bebidas alcoólicas", explicou o pesquisador Mora Alfaro. O projeto surgiu em 2008, com um acordo de colaboração entre a FLACSO Costa Rica e a Associação de Cervejeiros Latino-americanos, segundo o qual a indústria da cerveja de cada país subsidia a pesquisa em nível nacional. O EPCA também conta com o apoio de centros acadêmicos certificados e institutos de pesquisa.
Sobre a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales – FLACSO)
A Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais é um organismo internacional, de caráter regional e autônomo, constituído pelos países da América Latina e Caribe. Foi fundada em 1957, patrocinada pela UNESCO, com o objetivo de promover o ensino, a pesquisa e a colaboração na área das ciências sociais em todo o subcontinente. Para mais informações, acesse www.flacso.or.cr
FONTE FLACSO
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