Informante do Deutsche Bank revela violação multibilionária de títulos em dólares
Ex-analista de risco é representado pela Labaton Sucharow e o Government Accountability Project
WASHINGTON, 5 de dezembro de 2012 /PRNewswire/ -- Hoje, a Labaton Sucharow LLP e o Government Accountability Project (Projeto para Responsabilização do Governo, GAP) anunciaram a representação de um informante que alega violação multibilionária de títulos em dólares no Deutsche Bank, o banco internacional de investimento da Alemanha. A infração alegada foi divulgada publicamente pela primeira vez em um artigo publicado hoje pelo Financial Times. Acredita-se que o Dr. Eric Ben-Artzi seja o primeiro informante da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) a divulgar sua história publicamente.
Ben-Artzi, ex- analista de risco quantitativo do Deutsche Bank, declarou: "Nunca quis nem esperei ser um informante. Primeiro relatei internamente de forma extensiva, de acordo com as políticas e procedimentos do banco. Como o problema não foi reconhecido ou corrigido, me senti obrigado a informar as autoridades policiais adequadas. Infelizmente, eu e minha família estamos pagando um preço muito alto por ter feito a coisa certa."
Violações de títulos relatadas
O Dr. Ben-Artzi descobriu e relatou internamente possíveis violações de títulos decorrentes da falha, pelo Deutsche Bank, em relatar de maneira precisa o valor da sua carteira de derivativos de crédito. Especificamente, entre meados de 2007 e 2010, o banco não avaliou de maneira adequada o componente de opções de déficit da sua carteira de parcelas de Leveraged Super Senior ("LSS") dos derivativos de crédito. A opção de déficit é a diferença entre a garantia paga pelo comprador do título LSS e a perda esperada no ajuste a preços de mercado que o vendedor do título LSS concordou em cobrir. Com uma carteira de US$ 120-130 bilhões em valor nocional, o Deutsche Bank era o maior detentor de negociações de LSS no mercado. Ao não avaliar de maneira precisa, o banco conseguiu manter sua imagem pública cuidadosamente trabalhada para mostrar que estava resistindo à crise financeira melhor que os demais bancos similares que, em sua maioria, solicitaram assistência financeira do governo e passaram por uma deterioração significativa do preço das suas ações. Mesmo usando suposições conservadoras, se a carteira de LSS tivesse sido avaliada de maneira correta, o banco teria perdido substancialmente suas estimativas de lucros. Inúmeros investidores podem ter sido prejudicados por essas deturpações materiais.
Muito preocupado pela relutância do banco em reconhecer e lidar de maneira apropriada com esse importante problema de avaliação, o Dr. Ben-Artzi procurou a representação legal da Labaton Sucharow e relatou as possíveis violações de títulos à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA através do Programa de Informantes da SEC. O programa, criado pela lei Dodd-Frank, a Reforma de Wall Street, e pela Lei de Proteção do Consumidor em julho de 2010, tem amplo alcance internacional e oferece aos informantes elegíveis proteções significativas de emprego, recompensas em dinheiro e a capacidade de denunciar de forma anônima.
O Dr. Eric Ben-Artzi já trabalhou em cargos de grande responsabilidade nas principais instituições financeiras. Ele possui experiência única nos modelos, suposições e cálculos necessários para avaliar de maneira adequada e calcular os riscos associados aos derivativos. Anteriormente, recebeu seu título de doutorado pelo Courant Institute da Universidade de Nova York, onde deu aulas de matemática e engenharia financeira nos cursos universitários.
"Quando o Dr. Ben-Artzi me consultou pela primeira vez, fiquei chocado pelo tamanho e escopo da infração alegada", afirmou Jordan Thomas, ex-assistente de direção da SEC e presidente do Escritório de Representação de Informantes da Labaton Sucharow. "Este é exatamente o tipo de violações de títulos significativas e não relatadas que o Programa de Informantes da SEC procura abordar. É uma das questões mais importantes previstas."
Retaliação no trabalho
O Dr. Ben-Artzi tentou várias vezes agir através de canais de informação internos, em níveis cada vez maiores, para corrigir o problema de avaliação. Conforme alegado em sua denúncia de retaliação, arquivada no Ministério do Trabalho, quando insistiu em suas preocupações, foi duramente hostilizado, isolado, impedido de ter acesso a registros necessários para realizar seu trabalho, perdeu sua independência no trabalho e teve suas responsabilidades retiradas. Em novembro de 2011, pouco após voltar da licença paternidade, o Deutsche Bank informou ao Dr. Ben-Artzi que seu cargo tinha sido movido para a Europa e o demitiu sem aviso prévio, sem a chance de se mudar com seu trabalho e sem a oportunidade real de encontrar outro cargo dentro da instituição financeira. Antes dessa ação trabalhista ilegal, o Dr. Ben-Artzi sempre recebeu comentários positivos sobre seu desempenho, e quando foi demitido estava sendo recrutado para trabalhar em outros grupos dentro do banco, devido à sua experiência profissional e reputação. Dessa forma, o GAP concordou em representar o Dr. Ben-Artzi nesse caso de retaliação, alegando violações à prestação de proteção a informantes previstas na Lei Sarbanes-Oxley.
Tom Devine, diretor jurídico do GAP e autor do premiado Corporate Whistleblower's Survival Guide (Guia de sobrevivência do informante corporativo), comentou: "Essa é uma ilustração clássica dos riscos que um informante corre ao tentar trabalhar conforme o sistema em empresas que agem má fé. O Dr. Ben-Artzi era um modelo de cidadão corporativo que descobriu violações à SEC que poderiam gerar responsabilidades sérias, e se mobilizou internamente para avisar a administração do banco. A resposta do Deutsche Bank foi persegui-lo pessoalmente e demiti-lo assim que reconheceu o que ele sabia. A retaliação foi pesada e não foi camuflada. Claramente, a intenção era assustar outros possíveis informantes para que se calassem. A lição aprendida é que trabalhar no sistema de conformidade corporativa e informação do Deutsche Bank é um ato de suicídio profissional."
Campanha 'Conheça seus Direitos' para empregados de bancos
Em outubro, o GAP lançou uma campanha educativa nacional dirigida a empregados de grandes bancos e instituições financeiras. Essa campanha educativa 'Conheça seus Direitos', um dos primeiros grandes esforços nacionais coordenados desse tipo, procura informar os trabalhadores sobre as proteções a informantes e os incentivos potencialmente aplicáveis a eles, caso tenham testemunhado ou saibam de algum delito. Entre outras coisas, dezenas de milhares de folhetos foram distribuídos nos bancos e instituições financeiras nas 15 principais cidades do país, para informar os trabalhadores sobre suas proteções.
O caso do Dr. Ben-Artzi serve como um bom exemplo da necessidade dessa importante campanha de conscientização pública. Para mais informações, acesse www.bankwhistleblower.org.
Sobre nós
A Labaton Sucharow, um dos principais escritórios de advocacia do país, tem sido um defensor dos direitos dos investidores e consumidores há quase 50 anos. Foi o primeiro escritório de advocacia do país a estabelecer uma prática enfocada exclusivamente na proteção e defesa dos informantes que relatam possíveis violações às leis de valores mobiliários. Com base nas melhores plataformas de litígio de valores mobiliários da empresa, o Escritório de Representação de Informantes potencializa uma equipe interna de classe mundial de investigadores, analistas financeiros e contadores forenses com experiência federal e estadual de cumprimento da lei para proporcionar representação inigualável aos informantes.
O Government Accountability Project é a principal organização de proteção a informantes do país. Através do litígio de casos de informantes, publicação das preocupações e desenvolvimento de reformas legais, a missão do GAP é proteger o interesse público ao promover a responsabilidade do governo e das empresas. Fundado em 1977, o GAP é uma organização advocatícia sem fins lucrativos e não partidária com sede em Washington, D.C.
FONTE Labaton Sucharow LLP
FONTE Labaton Sucharow LLP; Government Accountability Project
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